Neste ano fomos todos pegos de surpresa. Quando digo todos falo de toda a humanidade, ao menos no que diz respeito a propagação da Covid-19, doença causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, que provoca desde infecções assintomáticas a quadros respiratórios graves, muitas vezes levando a óbito, em especial idosos e pessoas com com doenças pré existentes.
O vírus é altamente contagioso e logo a quarentena foi imposta, muitos ainda se isolam em casa, separados de pessoas que amam, cuidando das famílias, das próprias vidas e principalmente dos idosos ou pessoas com imunidade reduzida, seja por doenças crônicas ou outros fatores.
O cuidado é momento de consolo e prazer da paz do lar, muitas vezes quebrantada pela ausência de alguns membros da família. Por um bem maior e zelo pela saúde de todos em meio a pandemia vivida no momento, afastaram-se os que puderam. E cada um que se afastou em outro lugar também cuidava de outros, de si próprios e normalmente daqueles de quem se afastaram. Tempos estranhos! Mas é isso mesmo: Afastar-se por amor, por cuidado.
Na mesma semana em que a Covid-19 chegava ao Brasil, o cenário político também era de instabilidade. Houve muitos atritos entre parte da população, governo e governantes, tanto no Brasil como em alguns outros países. De uma maneira bem clara isso afetava ainda mais a insegurança da população, que via a já então popularmente conhecida Covid-19 levar a cada dia maior número de vítimas. E a proporção que esta doença tomou fez aumentar a cada dia a rigidez nas medidas de restrição do comércio e a recomendação do isolamento em casa. No início o isolamento era quase total. Quem pudesse ficar em casa, deveria. O comércio foi fechado por decreto quase por completo; Já vamos para o quinto mês após o primeiro e vez ou outra ainda se fazem necessário outros para controlar o comércio e o movimento de pessoas em algumas regiões.
Passados os primeiros meses, a população ainda sem uma vacina disponível, começa a sair de casa, os cientistas passo a passo vão descobrindo um pouco mais sobre a forma de disseminação do vírus. No início havia a recomendação do uso de máscaras que com o tempo passou a ser item obrigatório para circular pela cidade, ir ao mercado e toda a atividade que envolva proximidade com outras pessoas. O uso de álcool para higienização de mãos e a leitura de temperatura corporal para ter acesso a locais de maior movimento de pessoas também passou a ser comum. Conforme as medidas de proteção foram sendo impostas e adotadas, a população começou a sair de casa. E passou a perceber o que há muito não se via, olhar com olhos da alma para cada minuto de liberdade, cada paisagem e o lindo pôr do Sol.
O isolamento ainda é difícil, evitamos até mesmo tocar uns nos outros, abraços então, nem pensar. Mas em tempo de Coronavírus não deixamos de amar e dedicar-nos uns aos outros. O abraço é diretamente na alma, sem veículo de transporte, sem aperto, sem braços. Hoje o abraço, o carinho, o amor são energias que emanamos ao outro; É doação é oração!
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